Leia aqui o texto na íntegra
Fonte : Fórum Popular em Defesa da Saúde Pública de Londrina e Região
Publicado em 17.12.10 - Por Pastoral de Favelas
É com muito contento que vimos através desta postagem anunciar que uma das metas da Frente foi alcançada, do número de assinaturas do abaixo-assinado!
Retomando parte do histórico:
As 3 principais metas iniciais da “Frente Nacional pela Procedência da ADIn 1.923/98 e contra as OS!”, que se transformou na “Frente Nacional contra a Privatização da Saúde”, foram:
1) De realizar audiências e reuniões com os ministros do STF, a começar pelo Ministro Ayres Britto. Até agora, foram 4 audiências realizadas (o STF possui 11 ministros);
2) Alcançar 500 assinaturas de entidades, organizações e movimentos sociais e populares na Carta da Frente Nacional aos Ministros do STF. Estamos na 311ª assinatura;
3) Alcançar 5.000 assinaturas no abaixo-assinado. E essa meta acabou de ser alcançada! Estamos neste momento com 5.014, 5015, 5016, ..., 5109 assinaturas!
Relembrando que o abaixo-assinado foi criado e começou a ser divulgado em 21 de maio de 2010, ou seja, foram longos 7 meses de perseverança para alcançar a meta. Mas o abaixo-assinado ainda está correndo, e não faz mal nenhum ultrapassar a meta. Quanto mais melhor!
Se você ainda não assinou o abaixo-assinado, clique aqui para conhecer, e se considerar pertinente, assinar.
Se quer conhecer também a carta aos ministros do STF, clique aqui. Se você concluir que apoia a causa e participa ou é integrante de alguma entidade ou organização, consulte seus pares sobre a possibilidade de adesão à carta. Se ocorrer a adesão, comuniquem no endereço eletrônico pelasaude@gmail.com
Em tom de despedida, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse que o maior desafio do setor nos próximos anos será a execução de ampla reformulação da gestão nos serviços de saúde pública do país. Segundo ele, a presidente eleita, Dilma Rousseff, está determinada em flexibilizar as atuais regras da administração pública na operação de hospitais e políticas de pessoal.
Temporão, que não ficará no governo, disse que o projeto de lei 92, encaminhado pelos Ministérios da Saúde e do Planejamento ao Congresso Nacional em 2007, voltará a agenda nacional "com força", estimulado pela presidente. A matéria trata da entrega da gestão de hospitais públicos a fundações de direito privado, modelo que dá liberdade de empresa privada na política de compras e maior dinamismo na contratação e dispensa de funcionários. As mudanças, que acabaram engavetadas, enfrentaram forte oposição do movimento sindical e deram margem para interpretação de que o Sistema Único de Saúde (SUS) poderia estar sendo terceirizado ou até privatizado.
O ministro também fez um balanço de sua gestão à frente da pasta, destacando a melhora dos principais indicadores de saúde do país, como mortalidade infantil e materna. Temporão disse ainda 85% da população brasileira considera o SUS ótimo ou bom, segundo levantamento do governo. Por fim, o ministro relata como está conduzindo o processo de transição e disse que, ao fim do mandato, deverá retomar as aulas e a pesquisa acadêmica na Fiocruz, no Rio de Janeiro.
Leia a entrevista aqui
A entrevista é de Luciano Máximo e publicada pelo jornal Valor, 13-12-2010.Fonte: UNISINOS
Após mais uma onda de violência na cidade do Rio de Janeiro, o Brasil se deparou com um espetáculo deprimente de suas mazelas sociais e humanas. Após traficantes desceram ao asfalto, promovendo assaltos e queima de veículos, por razões ainda pouco esclarecidas, novamente a cidade se viu em pânico. Situação inflada pela cobertura espetacularizada da grande mídia, que por sua vez endossa sem parar as políticas fracassadas de mera repressão à ponta pobre do tráfico, isto é, nos morros.
Em entrevista ao Correio da Cidadania, a socióloga Vera Malaguti, secretária geral do Instituto Carioca de Criminologia (ICC), criticou duramente os governos estadual e federal, especialmente em relação à entrada das forças armadas na questão, de legalidade questionável. "Tudo é ilegal aqui. Estamos vivendo em regime de exceção", afirmou, referindo-se também às violências cometidas contra moradores inocentes das áreas invadidas pelas forças oficiais.
Para ela, tal processo é parte de uma política de ocupação de áreas pobres, idealizada pelos EUA há décadas, que visa também garantir um controle militarizado da vida das pessoas, além de abrir caminho para "os negócios transnacionais e olímpicos".
Malaguti questiona firmemente a política de segurança do governo Cabral, por considerar as UPPs - Unidades de Polícia Pacificadora - e toda a recente operação mais uma ação de marketing, baseada nas mesmas políticas de repressão sem investimento social, amplamente fracassadas.. "Estão ocupando a cidade. Para que fluam os grandes negócios transnacionais e esportivos. Para que as pessoas possam fruir sem serem incomodadas pela nossa pobreza".
A entrevista completa, na qual Vera não poupa nem o ex-secretário Luiz Eduardo Soares ("ele é um pouco responsável pela glorificação do BOPE como solução"), cujas análises foram elogiadas por setores progressistas, pode ser conferida a seguir.
FONTE: CORREIO DA CIDADANIA